Pneumologista destaca que tabagismo é fator de risco para o desenvolvimento da forma mais grave da Covid-19
O Dia Mundial Sem Tabaco é comemorado no dia 31 de maio, a data foi criada em 1987 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e adotada desde 1988 pelos seus Estados-Membros para alertar sobre as doenças e mortes evitáveis relacionadas ao tabagismo. Este ano, com a atual pandemia do Coronavírus, estudos recentes indicam associação entre o tabagismo e desfechos mais graves da Covid-19. Por isso, o Ministério da Saúde e o INCA definiram como tema da campanha do Dia Mundial sem Tabaco 2020 — Tabagismo e Coronavírus (Covid-19).

Pneumologista da Onco Hematos, LaÃs Cibele (Foto: Ascom Onco Hematos/ Ã?ncora Adm Comunicação Ltda)
Assim, devido a um possível comprometimento da capacidade pulmonar, os tabagistas possuem mais chances de desenvolver sintomas graves relacionados à infecção pela Covid-19”, explica a pneumologista.
O tabagismo é reconhecido como uma doença crônica, causada pela dependência à nicotina presente nos produtos à base de tabaco, e é o maior fator de risco evitável de adoecimentos e mortes no mundo. Segundo a pneumologista, o tabagismo tem relação com algumas enfermidades, como alguns tipos de câncer (pulmão, laringe, faringe, esôfago, estômago, pâncreas, rim e bexiga), doenças do aparelho respiratório (enfisema pulmonar, bronquite crônica e infecções respiratórias) e doenças cardiovasculares (angina, infarto agudo do miocárdio, hipertensão arterial, aneurismas, acidente vascular cerebral e tromboses). “Há ainda outras doenças relacionadas ao tabagismo como a doença ulcerosa do estômago/duodeno, osteoporose, catarata, impotência sexual no homem, infertilidade na mulher, menopausa precoce e complicações na gravidez”, destaca.
Ainda segundo a pneumologista da Onco Hematos, o fumante passivo, que apenas inala a fumaça, também corre riscos de adoecer. “Por estar exposto a muitas das substâncias que o tabagista ativo está, poderá desenvolver as mesmas doenças: bronquite crônica, câncer de pulmão, hipertensão, infarto agudo do miocárdio”, afirmou Laís Cibele.
Câncer de Pulmão
Laís Cibele também ressaltou que o consumo do tabaco é a principal causa para o desenvolvimento de câncer de pulmão. “Entre os principais sintomas do câncer do pulmão estão tosse persistente, escarro com sangue, rouquidão, perda de peso, astenia (fraqueza) e dor torácica. Contudo, alguns pacientes são assintomáticos, ou seja, não apresentam sintomas”.
Para a pneumologista, o tratamento do câncer de pulmão envolve a participação de uma equipe multidisciplinar composta por oncologistas, cirurgiões torácicos, pneumologistas, radiologistas e radioterapeutas. “Para o planejamento adequado do tratamento é necessário fazer o diagnóstico histológico e o estadiamento (definir se a doença está localizada no pulmão ou se há metástases). Em pacientes com doença localizada no pulmão, sem comprometimento dos linfonodos (gânglios) próximos ao tumor, o tratamento é cirúrgico, seguido ou não de quimioterapia e/ou radioterapia. Em pacientes com doença localizada no pulmão, mas com comprometimento dos linfonodos (gânglios), o tratamento é feito com quimioterapia e/ou radioterapia, associada ou não a cirurgia. Em pacientes com metástases, o tratamento é baseado em quimioterapia, e mais recentemente, podem ser utilizadas medicações chamadas de terapia-alvo”, finalizou a pneumologista.
Ascom/Onco Hematos