Aracaju (SE), 09 de julho de 2025
POR: SES/SE
Fonte: SES/SE
Em: 20/09/2019 às 16:14
Pub.: 20 de setembro de 2019

Geriatra alerta sobre os cuidados e prevenção do alzheimer

Geriatra alerta sobre os cuidados e prevenção do alzheimer (Foto: SES/SE)

Geriatra alerta sobre os cuidados e prevenção do alzheimer (Foto: SES/SE)

No próximo sábado, 21, é comemorado o Dia Mundial do Alzheimer, a data é lembrada para reforçar a importância da prevenção e do diagnóstico precoce da doença que é degenerativa, afeta a memória do paciente, compromete as habilidades motoras, impossibilitando com o passar do tempo que a pessoa realize suas tarefas diárias como andar e comer. Por isso, é importante ressaltar também a importância de promover o bem-estar e manter esse paciente ativo, como alerta a médica geriatra do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), Juliana Santana.

“Os primeiros sintomas são muito sutis, às vezes até confundidos como normal do envelhecimento, mas é importante estar atento. Você começa a perceber principalmente o esquecimento, é o que mais chama atenção, esquecimentos de fatos recentes, a pessoa começa a ficar repetitiva, está conversando e esquece o que vai falar ou a palavra que quer dizer. Começa a deixar o fogão ligado, torneira aberta, janelas e portas abertas, começa a apresentar dificuldades, por exemplo uma pessoa que sempre fez sua feira de mercadinho e começa a ter dificuldades, precisa usar listas, dificuldade em senhas do banco, então são sinais pequenos, dificuldade de aprender coisas novas, mas que começam a atrapalhar o seu dia a dia”, explicou a geriatra.

Ainda de acordo com ela, o alzheimer é uma doença mais comum na terceira idade e quanto mais velho for, mais chance de ter a doença. “A partir dos 60 anos é importante ficar atento a doença, mas que também podem acontecer mais cedo, chamado início de alzheime precoce, então o que a gente sugere é que ao perceber que tem alguma coisa diferente, esquecido, é bom ser avaliado, até porque existem demências que não são alzheime, outras causas que podem levar ao esquecimento e que são corrigíveis”, disse a médica.

A médica geriatra ressalta que o tratamento visa retardar a progressão da doença, melhorar os sintomas, deixar a pessoa o mais funcional possível e melhorar a qualidade de vida. “A gente divide o tratamento em medicamentoso e não medicamentoso, ou seja, com medicação e outro com reabilitação física, reabilitação neuropsicológica, uma atividade mental para tentar fazer uma reserva com compensações de algumas perdas de neurônios. Os pacientes que fazem o tratamento a gente observa uma evolução mais lenta, uma facilidade melhor do familiar lidar com ele, melhora de comportamento que chega a ser um dos maiores problemas entre o paciente e os que estão ao entorno, a gente observa um paciente melhor. O que não é tratado a gente observa que ele evolui mais rápido, que existem vários conflitos familiares por não saber lidar, por não estarem tratados os sintomas cognitivos e comportamentais”, completou.

Juliana Santana afirmou que a presença da família é muito importante, porque o paciente que tem alzheimer não tem a percepção que tem a doença por já estar comprometido. “O paciente não está compreendendo o que está acontecendo com ele, ele acha que é uma pessoa normal, então, o familiar precisa buscar ajuda, precisa ser um pouco mais firme, pedir apoio para saber lidar, como criar uma rotina para aquele paciente, a doença na verdade é uma doença da família, por isso é preciso que os familiares estejam todos juntos, a fim de manter a qualidade de vida de todos”, enfatizou.

Fatores de risco cardiovasculares e influenciadores como o nível de estresse, fatores psicológicos e envelhecimento populacional estão favorecendo a prevalência de doença de alzheimer, além dos fatores genéticos. Para saber se a pessoa tem alzheimer, é necessário realizar uma avaliação clínica, com uma avaliação neuropsicológica, se precisar são feitos os testes mais específicos neuropsicológicos que é uma bateria de testes feito por especialista, exames de laboratórios para afastar outras causas irreversíveis como deficiência vitamínica, infecções entre outras e um exame de imagem para avaliar também causas secundárias e observar o tamanho das áreas da memória como é o caso do hipocampo.

“Outros exames se aproximam mais da precisão diagnóstica que são a busca dos biomarcadores, Pet Scan Mieloide, exame do liquor que são pouco acessíveis e na prática são feitos para casos bem específicos, ressonância magnética e tomografia. Nós sabemos que a doença de alzheimer ela acomete o cérebro 10 a 25 anos antes de você apresentar o primeiro sinal ou sintoma, então você começa com um depósito inadequado de uma proteína beta amiloide, você pode também colher o liquor na coluna e avaliar os biomarcadores. A gente orienta que a gente pode dar hoje é que façam treino cognitivo, crie reserva, trabalhe o cérebro, faça atividade física, tenha uma boa alimentação, durma bem, cuidando disso você já consegue prevenir ou retardar bastante o aparecimento da doença”, finalizou a geriatra Juliana Santana.


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