Exposição "Pelo Perfume da Janela a Paisagem Passeava de Trem"

Exposição "Pelo Perfume da Janela a Paisagem Passeava de Trem" (Imagem: Divulgação)
"PELO PERFUME DA JANELA, A PAISAGEM PASSEAVA DE TREM" é o tema da exposição da Artista Plástica Hortência Barreto, que estará aberta ao público dia 19 de novembro, às 18 h no Café da Gente, espaço de gastronomia e Arte, localizado no Museu da Gente Sergipana. Vale conferir o exalar deste perfume, onde a arte trás cheiros da memória do tempo e nos convida a um passeio nesta paisagem chamada existência.
Nesta exposição a artista pretende expressar todas as memórias que os cheiros trazem passeando na janela do tempo a trazer imagens afetivas que se multiplicam nos recortes e aquarelas compostos na forma de arte, agregando a elas delicadezas de elementos que rememoram nossa arte, costumes e saberes populares que a acompanham desde sua infância.
Em sua obra a artista convida o expectador a sentar-se ao seu lado numa poética viagem de cores, formas e elementos peculiares do cotidiano do povo sergipano, onde a tela ganha moldura na janela dos olhos de cada um, e a paisagem lá fora é a mesma que se carrega dentro da alma, no olfato, nos cheiros que passam por nós tão rápidos como trem, mas ficam na memória guardados em algum lugar do peito, vividos em todas as estações da vida.
A arte há de ter sempre a magia de um mágico perfume, cuja essência tem o poder de provocar nossas almas e sentidos para profundas viagens de infinitas paisagens...
Dia 19 de novembro, às 18 h, no Café da Gente, a artista plástica Hortência Barreto convida a todos artistas, amantes, simpatizantes e curiosos da arte para sua mais nova exposição - "Pelo perfume da janela, a paisagem passeava de trem."
HORTÊNCIA BARRETO, artista de raiz com matriz na cultura sergipana, lança exposição “PELO PERFUME DA JANELA, A PAISAGEM PASSEAVA DE TREM”, dia 19 de novembro, deste ano, no Café da Gente, às 18 h. Venha prestigiar a artista sergipana que tanto engrandece nossa cultura. Contamos com você!
O olfato humano, tal qual uma gaveta, tem uma memória a guardar sentimentos, sabores, pessoas, sensações, emoções que de alguma forma encontraram um jeito de entrar em nosso corpo através do nariz, nos fazendo mais sensíveis a todo nosso entorno, mais humanos e menos anônimos, sem negar nossas origens. Assim, o mundo gira e junto todas as imagens que carregamos em nossas cabeças também: a flor a balançar nos campos e jardins, as nuvens a mudarem de lugar, a chuva a cair, o sol a se abrir e fechar, as tantas direções pra ir ou voltar, pessoas que chegam e um dia se vão... e dentro da gente esse vagão de trem, a caber tudo apertadinho, a sobrar e faltar espaço, como paisagem tatuada no lado de dentro, nesta percussão sonora a nos lembrar que estamos vivos; a traduzir-se nessa poesia agridoce que teima em nos visitar toda vez que enchemos o peito de ar. Sendo assim, as mãos da Artista Plástica Hortência Barreto vivem impregnadas de um perfume que não cabe em nenhum frasco, mas que tem o dom especial de se espalhar e ser percebido, sentido e visto à distância, na paisagem nula do papel, na tela em branco...onde munida de aquarelas, tintas, pincéis, cola, tesoura, rendas, fitas, bonecas de pano, fotografias, miçangas, desenhos e das tantas ricas pequenezas e delicadezas da cultura sergipana a artista estampa sua alma e tudo que não cabe numa fotografia, mas extrapola o universo paralelo da razão, para fazer-se arte. Arte que adentra janelas, abrindo peitos, expondo corações nus, sem verdades absolutas, apenas a perfumar o mar de amar, sem portos, sem cais, mas com longas paradas em estações onde se possa florir, aquecer, renovar e recomeçar sempre, sem perder o perfume da essência do existir. Nesta viagem a paisagem vida, segue em movimento a transmutar-se e todos seus cheiros são de memórias, dores e delícias, na moldura da janela...